Pontos importantes no processo de acolhimento da chamada telefônica
OBSERVAÇÕES: De um modo geral, qualquer método de classificação de risco deve fornecer ao profissional um diagnóstico, uma exclusão diagnóstica ou uma prioridade clínica. O desenho da metodologia adotada na Central de Regulação das Urgências de Fortaleza (CRUFor) é o mesmo adotado pela Classificação de Manchester, ou seja, foi planejada para definir uma prioridade clínica. Assim, a decisão é baseada em três grandes princípios:
Essa prioridade clínica reflete aspectos de uma apresentação/queixa particular do paciente, que na Central de Regulação das Urgências denominamos queixa principal (campo motivo/queixa), resumida no apelido da ocorrência que colocamos logo abaixo do "campo motivo/queixa" no sistema de regulação. Por exemplo, um paciente com fratura em uma perna pode apresentar-se num contexto domiciliar, numa queda de moto, num atropelamento em via de alta velocidade e a sua prioridade clínica deve refletir esses vários contextos. Ou seja, da mesma forma como no processo de classificação de risco segundo a Classificação de Manchester, a classificação de risco adotada numa Central de Regulação de Urgência requer que o profissional defina a queixa principal, o motivo que levou ao usuário nos procurar pelo 192, investigue causas imediatas de risco à vida, selecione um dos vários protocolos de regulação e, então, procure um número limitado de sinais e sintomas em cada nível de prioridade clínica. Possíveis causas de risco imediato à vida são conhecidos como discriminadores gerais e os sinais e sintomas que fazem a discriminação entre as prioridades clínicas são chamados de discriminadores específicos e os que indicam níveis de prioridade mais altos devem ser sempre os primeiros a serem procurados. A ausência de discriminadores sugere que o paciente seja classificado como não urgente. O conceito de classificação de risco determinando a necessidade clínica como metodologia de gestão do risco clínico, na prática, tem algumas fases:
É comum confundir prioridade clínica com manejo ou gestão da clínica de um paciente. A prioridade clínica requer a coleta de informações que permitam enquadrar o paciente em uma de quatro prioridades:
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Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis.
Elaboração: Novembro/2015
Revisão: Novembro/2016