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Descartada Urgência de Prioridade Máxima (VERMELHO) após o uso do Protocolo de Acolhimento (RM1) e Protocolo MASTER (RM2), verificar, de acordo com o Protocolo de Abordagem por Queixas (RM3), se as seguintes perguntas já foram respondidas:
- Quando foi o episódio?
- Queimadura onde? Formou bolhas?
- Queimadura por vapor? Óleo? Água? Fogo?
- Existe falta de ar?
- Faz barulho quando respira?
- Houve queda?
- Perdeu os sentidos?
- Orientado ou confuso (não diz "coisa com coisa")?
- Estava em ambiente fechado? Inalou fumaça?
- Outras queixas ou doenças?
- Considerar o envio de USA se houver:
i. Criança não reativa;
ii. Estridor;
iii. Edema facial;
iv. Lesão por inalação;
v. Dispnéia aguda;
vi. Mecanismo de trauma significativo;
vii. Alteração súbita da consciência;
- Considerar o envio de USI/USB se houver:
viii. Dor intensa;
ix. Inalação de fumaça;
x. História discordante;
xi. Queimadura elétrica;
xii. Queimadura química;
- Realizar orientação médica de houver:
xiii. Dor leve ou moderada;
xiv. Inflamação ou infecção local;
xv. Outras queixas;
xvi. Nesses casos, a remoção (se necessária) deve se dar por transporte próprio.
Decisão gestora: busca do serviço mais adequado na grade de referência. Comunicação ao serviço de destino.
OBSERVAÇÕES:
- Alteração súbita da consciência: alteração da Escala de Coma de Glasgow nas últimas 12 horas em relação ao estado prévio. Em caso de dúvida, presumir alteração do estado de consciência;
- Criança não reativa: criança que não responde ao comando verbal ou ao estímulo doloroso;
- Dispnéia aguda: fôlego curto ou falta de ar súbita ou repentina piora de falta de ar crônica;
- Dor intensa: dor intolerável, geralmente descrita como jamais sentida;
- Dor moderada: dor intensa, mas suportável;
- Edema facial: inchaço difuso na face, geralmente envolvendo os lábios;
- Estridor: ruído inspiratório, expiratório ou ambos, melhor escutado ao se respirar de boca aberta;
- História discordante: quando a história fornecida não explica os achados físicos. Pode ser um marcador de lesão não acidental em crianças ou adultos vulneráveis, podendo ser sentinela de abuso e maus tratos;
- Inalação de fumaça: história de confinamento em lugar com fumaça é o indicador mais confiável de inalação de fumaça. Pode haver fuligem em torno da boca e nariz;
- Infecção/inflamação local: manifesta-se geralmente como inflamação (dor, inchaço e vermelhidão) restrita a uma área definida, com ou sem coleção de pus;
- Lesão por inalação: história de confinamento em lugar com fumaça é o indicador mais confiável de aspiração de fumaça. Pode haver fuligem em torno da boca e nariz, além de rouquidão. história é também a forma mais segura de se diagnosticar inalação de agentes químicos - pode não haver nenhum outro sinal;
- Mecanismo de trauma significativo como:
- história de mergulho em águas rasas;
- trauma penetrante (facada ou tiro);
- trauma com alta transferência de energia como queda de altura e acidentes em vias de trânsito rápido (velocidade ≥ 60 km/h) são significativos, principalmente se houve ejeção do veículo, mortes de outras vítimas ou grande deformação do veículo;
- Queimadura elétrica: qualquer queimadura causada ou possivelmente causada por corrente elétrica. Isto inclui correntes alternadas e contínua tanto de fontes naturais como artificiais;
- Queimadura química: qualquer substância que respinga ou cai no corpo e causa dor, queimação, redução da visão ou outros sintomas deve ser considerada capaz de causar queimadura química;
- Trauma penetrante: evento traumático físico recente com perfuração de qualquer parte do corpo por arma branca, arma de fogo ou outro objeto.
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Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis.
Elaboração: julho/2010
Revisão: dezembro/2014